Quando a Morte conta uma história, você deve para para ler. Eu parei.

Tarde do dia 21 de abril de 2009, é feriado nacional e tiro o final da manhã e a tarde para terminar de ler um livro. As 15h32min do meu relógio atrasado eu fechei o livro pela última vez.
Não lembro em que livro meus olhos se encheram de lágrima ou chorei após em cima de algumas páginas como aconteceu com A menina que roubava livros. Durante suas páginas, já sabia como o livro acabaria, já sabia quem iria morrer, mas ler tudo isso foi lindo.
É um livro que teria na minha estante. Talvez não para ler suas 480 páginas novamente, mas para, ao olhar a sua lombada, lembrar dessa história que tive o prazer de ler durante alguns meses. Meses por pura falta de tempo, até porque destes três meses que estou com o livro, li por duas vezes, 100 páginas num único dia, sem qualquer prejuízo a minha rotina. Passei tanto tempo com esse livro emprestado que tenho que agradecer a Rita pela paciência.
Tenho três partes que gostaria de compartilhar com vocês. Hoje coloco a primeira. Não são partes grandes, mas são as que mais me tocaram. Essa foi a última escolhida.

Rudy?

Em seguida, fez mais do que mover os lábios para enunciar a palavra.
- Rudy?
Ele estava deitado com seus cabelos amarelos e os olhos fechados, e a menina que roubava livros correu em sua direção e desabou. Deixou cair o livro preto.
- Rudy, acorde – soluçou. Agarrou-o pela camisa e lhe deu a mais leve sacudidela incrédula. – Acorde, Rudy – e já então, enquanto o céu continuava a esquentar e a despejar uma chuva de cinzas, Liesel agarrava o peito da camisa de Rudy Steiner.
Favor, acorde, que diabos, acorde, eu amo você. Ande, Rudy, vamos, Jesse Owens, não sabe que eu amo você? Acorde, acorde, acorde...
Mas nada se importou.

Não gosto de escrever assim que acabo de ler um livro ou de assistir a um filme que me tocou. Sempre sou mais emotiva do que me permito aqui. – Texto escrito no Word, enquanto o Blogger não ia com a minha cara, algo cada vez mais freqüente -